sexta-feira, 5 de julho de 2013

CROMATOGRAFIA DE PIGMENTOS VEGETAIS EM PAPEL


AULA PRÁTICA N° 3

CROMATOGRAFIA DE PIGMENTOS VEJETAIS DE PAPEL

        1. Introdução



A cromatografia em papel baseia-se no princípio da adsorção seletiva (que não deve ser confundida com absorção), um tipo de adesão, desenvolvida em 1944, é uma técnica simples e econômica de separação dos componentes de uma mistura, podendo, em alguns casos, ter uma aplicação qualitativa e quantitativa. Classifica-se como cromatografia líquida - líquida, e a separação ocorre por partição do soluto entre dois líquidos.
Está baseada nas diferentes solubilidades relativas dos componentes da amostra na fase móvel (líquida) e na fase estacionária (líquida). Esta técnica cromatográfica é assim chamada porque utiliza para a separação e identificação das substâncias ou componentes da mistura à migração diferencial sobre a superfície de uma tira de papel filtro de qualidade especial. Visando ilustrar os conceitos de interação intermoleculares, polaridade e propriedades de funções orgânicas.


2. Objetivo

Extrair e diferenciar diferentes pigmentos vegetais pela técnica de cromatografia em papel.


3. Material Utilizado

· 03 Folhas variegadas
· 02 Folhas de papel filtro
· 01 Proveta de 50 mL
· 01 Lápis de escrever
· 01 Régua
· 01 Tesoura
· 01 Pinça
· 01 Bastão de vidro
· 01 Placa de Petri
· 01 Câmara Cromatográfica


3.1Soluções

· 10 mL de Álcool etílico comercial
· 10mL de Acetona comercial

4- Procedimentos



· Cuidadosamente abriu-se o papel filtro, e utilizando uma régua e o lápis n°2 desenhou-se um quadrado de 9x9 cm² no centro de papel.
· Com o auxílio da tesoura recortou-se filtro de papel nas medidas estabelecidas.
· A proveta foi utilizada para medir aproximadamente 10 mL de Álcool etílico comercial.
· Na Placa de Petri estando contidas aproximadamente duas folhas de Coração Magoado Iresine herbstii picadas em pequenos pedaços, adicionou-se os 10 mL de Álcool etílico comercial, dando início ao maceramento com bastão de vidro.
· Maceraram-se por, aproximadamente, 5 min. as folhas.
· Logo após esse período, a solução etanoica foi adicionada dentro da Câmara Cromatográfica, e logo em seguida colocou-se o filtro de papel (9x9 cm².) já cortado dobrado ao meio e em posição vertical com o auxílio da pinça, e fechando-o logo em seguida.
· Aguardou-se aproximadamente 10 min. para retirar o papel filtro da solução.
· Repetiu-se o mesmo procedimento com 10 mL de acetona comercial.
Obs: No procedimento observou-se que na solução cetônica, os pigmentos são liberados com mais facilidade do que na solução etanóica.




5-Resultados

Pode se observar a Cromatografia no papel com solução cetônica, uma linha verde logo na parte superior do papel chamada de Clorofila.




Foto : Valéria Dias - Figura 01: Cromatografia em papel de solução cetônica.


Na cromatografia em papel com a solução etanóica, pôde-se observar no papel uma parte roxa chamada de Antocianina, e logo mais abaixo podemos perceber uma linha esverdeada, chamada de Clorofila



Foto: Valéria Dias – Figura 02 Cromatografia em papel de solução etanóica

      Analisando a cromatografia, percebe-se que os pigmentos foram separados em função da solubilidade das moléculas e da aderência destes no papel.



Foto: Valéria Dias – Figura 03: Cromatografia em papel de solução cetônica e etanoica respectivamente.


6-Conclusão



Os vegetais possuem pigmentos que dão cor às suas folhas e, por vezes, às suas flores. As organelas em que esses pigmentos se encontram são chamadas de plastos e estão presentes em células de plantas e de algas. Os principais tipos de plastos são os cloroplastos, os cromoplastos e os leucoplastos.
Os cloroplastos são os principais e apresentam a cor verde, em razão do pigmento clorofila.
Alguns plastos possuem em seu interior pigmentos vermelhos ou amarelos, sendo, por isso, chamados de cromoplastos. Eles são os responsáveis pelas cores de certos frutos, flores, raízes e folhas que se tornam coloridas.
Conclui-se então que, as moléculas com maior solubilidade, percorreram uma maior distância no papel do que as moléculas com menor solubilidade,


7. Referências 


LACERDA, G. A. Manual de Aulas Práticas em Biologia Celular. Janaúba: UNIMONTES, Faculdade de Zootecnia, 2013.
CECCHI, H. M. Fundamentos Teóricos e Práticos em Análise de Alimentos, 2ª ed. rev. Editora Unicamp. Campinas - SP, 2009.
LACERDA, G. A. O microscópio de luz. Disponível em:
< http://guibiologia.blogspot.com.br/2013/03/pratica-0032013-cromatografia-de.html>




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